Caxiense graduado em Engenharia Civil (Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1960) e em Direito (Universidade de Caxias do Sul, 1989), com mestrado em Direito do Trabalho (UCS, 2004), Dagoberto Lima Godoy é autor de um dos lançamentos da Editora da Universidade de Caxias do Sul (EDUCS) em 2024, o livro O Homem Quer Ser Deus: segundo a filosofia perene e a surpreendente convergência entre as milenares doutrinas do Oriente e as teorias atuais da física quântica. Na entrevista a seguir, ele revela sua trajetória como escritor.

Quando e como o livro entrou na sua vida?
Como leitor, desde menino. Sempre gostei de ler. Depois, nos estudos e, afinal, para expressar ideias irreprimíveis.

Como a sua formação interfere no processo de autoria dos livros?
O autor coloca no livro a síntese de sua formação intelectual, sua experiência de vida e suas reflexões sobre o sentido da existência.

Quando decidiu publicar seu primeiro livro? Quais fatores contribuíram ou dificultaram esse processo? Qual foi o livro?
Ao concluir minha experiência como presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), editei uma coletânea de artigos publicados em revistas e jornais durante a minha gestão, bem como concedi uma longa entrevista, depois editada como livro. Daí surgiram os dois volumes de A Reindustrialização do Rio Grande do Sul (Ed. FIERGS, 1999). Em seguida, o rumo tomado pela política, no Estado e no país, me levou a expressar uma visão que viria a se mostrar premonitória: Neocomunismo no Brasil (Ed. Mercado Aberto, 2001).

Quantos livros você já escreveu?
Além dos citados, mais seis, entre técnicos, ensaios e um romance histórico, no qual apreciei aspectos para mim marcantes da cultura da nossa região colonial italiana, especialmente de Caxias do Sul: Vendetta (Chiado, 2013). Participei com capítulos em vários livros de terceiros e tive publicados depoimentos em diversos eventos nacionais e internacionais.

O Homem Quer Ser Deus é a sua segunda publicação com a EDUCS abordando uma temática filosófica, discutindo algumas das reverberações da existência humana. Como você se aproximou desta temática? Descreva um pouco da sua trajetória nesta perspectiva autoral.
Um incontido anseio por espiritualidade foi o que me levou a escrever Do Ego ao Infinito (EDUCS, 2019), Ânsia Indomável (Uiclap, 2023) e, agora, O Homem Quer Ser Deus. A partir do choque entre a doutrina católica, haurida na infância com a formação cartesiana da engenharia, encontrei a convergência, para mim impressionante, das teses da física quântica com a sabedoria da assim chamada “filosofia perene”, com destaque para o milenar pensamento dos Vedas hindus. E descobri que, na essência, tudo coincidia com a mensagem de Cristo, desde que examinada em seu conteúdo esotérico.

Fale um pouco sobre O Homem Quer Ser Deus:
Nesse novo livro, tento induzir à compreensão de que a evolução do universo continua e somente se concluirá com a transformação do ser humano em ser divino, transcendendo as limitações do ego para conectar-se com a Consciência Una, a verdadeira fonte da existência.

Quais contribuições a publicação junto a EDUCS traz para a sua obra?
A chancela de um Conselho Editorial de alto status acadêmico. Além disso, o fato de entregar uma terceira obra aos cuidados da EDUCS atesta minha satisfação com o seu trabalho competente, meticuloso e, acima de tudo, muito sério, como deve ser o trato dado aos assuntos da cultura.