Ministro do Meio Ambiente abre o 4º Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano na UCS

Assessoria de Comunicação da Universidade de Caxias do Sul - 12/04/2022 | Editado em 08/08/2022

Cerca de 350 pessoas participaram da abertura do encontro, que segue com painéis e momentos de networking até quarta (13) e encerra com visitas técnicas na quinta (14).

Ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite. Foto: Ariane Tomazzoni

Com a presença do ministro de Meio Ambiente, Joaquim Pereira Leite, e as boas-vindas de representantes da Embrapa Suínos e Aves, do Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás) e da Universidade de Caxias do Sul, começou nesta terça-feira (12.04), o 4º Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano, na Universidade de Caxias do Sul. O encontro, que vai até o dia 14, reúne 350 pessoas dos três estados do Sul e participantes de outras regiões do Brasil e de fora do país – Argentina, Uruguai, Bolívia e Alemanha.

Na sua apresentação, o ministro resumiu como foi concebido, a partir da Conferência do Clima, e o que prevê o Programa Nacional Metano Zero, recentemente lançado pelo governo federal para transformar passivo em ativo ambiental. Isso a partir de uma tecnologia que já existe, citou o ministro, e que aproveita apenas 2% dos resíduos na geração de biometano. “Temos aqui uma solução para que o biodegradável se torne um ativo, e temos o desafio de levar essa tecnologia para todo o Brasil”, afirmou ele, citando o objetivo de uma agenda ambiental positiva e com soluções economicamente viáveis.

Antes da palestra o ministro visitou os estandes de expositores no Espaço de Negócios e conheceu equipamentos e soluções tecnológicas para a cadeia do biogás, como um caminhão movido a biometano e GNV, e um laboratório móvel de biogás.

Na abertura, o chefe-adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Suínos e Aves, Rodrigo Nicoloso, mencionou o trabalho da instituição e o desafio de transformar dejetos em potencial ativo, ajudando a reduzir a emissão de gases de efeito estufa, gerando receita e negócios. “Que se consiga trazer soluções”, disse, convidando o público para a agenda de atividades do Fórum.

O diretor-presidente do CIBiogás, Rafael Gonzalez, também deu as boas-vindas ao público e falou sobre a importância da integração de todos os segmentos envolvidos na cadeia do biogás. “A soma de todos os esforços pode gerar bons resultados”, afirmou. “Precisamos de empresas e profissionais que levem o biogás até quem queira comprar”, disse.

O reitor da UCS, Evaldo Kuiava, falou também sobre a importância de promover parcerias e que a solução está na conexão entre universidades e empresas. Ele citou que o conhecimento precisa se transformar também em produtos, “em soluções concretas que venham do Brasil”.

O 4º Fórum, que neste ano retomou o formato presencial e tem parte da programação transmitida pelo canal do Fórum no YouTube, é realizado pelo CiBiogás, pela Embrapa Suínos e Aves e Universidade de Caxias do Sul (UCS). A organização é da Sociedade Brasileira dos Especialistas em Resíduos das Produções Agropecuária e Agroindustrial (Sbera).

Ministro é apresentado às propriedades do grafeno. Foto: Ariane Tomazzoni

Visita aos Ambientes de Inovação da UCS

Na Universidade de Caxias do Sul, o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, também conheceu ambientes de referência em inovação e de geração de negócios.

Visita ao TecnoUCS. Foto: João Pedro Bressan

No Parque de Ciência, Tecnologia e Inovação – TecnoUCS, foi apresentado às demandas do MobiCaxias – Mobilização por Caxias, movimento que reúne os agentes da inovação para projetar coletivamente o município, integrado pela UCS e também sediado na Universidade. Na ocasião, o prefeito municipal, Adiló Didomenico, destacou as inovações trabalhadas localmente e o Fórum de Biogás e Biometano como oportunidade de socializar as tecnologias na área ambiental para o alcance de todos.

Foto: Ariane Tomazzoni

Na planta de produção, aplicação e caracterização de grafeno UCSGRAPHENE, a primeira da América Latina em escala industrial instalada em uma Universidade, o ministro conheceu o trabalho desenvolvido pela Universidade no setor. “Em desenvolvimento de produtos, hoje somos referência mundial”, contextualizou o reitor Evaldo Antonio Kuiava. Dentre as inovações com o uso do produto, a esponja hidrofóbica – capaz de repelir a água – que pode auxiliar na despoluição a partir do recolhimento de substâncias como óleo de ambientes marinhos.

*Com informações da assessoria 4º Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano.