Confira os lançamentos de outubro e novembro da EDUCS

Assessoria de Comunicação da Universidade de Caxias do Sul - 06/12/2023 | Editado em 06/12/2023

São 10 títulos, entre impressos e e-books, que versam sobre os mais variados temas, desde a filosofia de Foucault ao cuidado com as aves pets

A Editora da Universidade de Caxias do Sul (EDUCS) lançou dez novos títulos, entre impressos e e-books, durante os meses de outubro e novembro. Confira as novidades e saiba mais na página da editora universitária.

Subjetividade transcendental e alteridade: um estudo sobre a questão do outro em Kant e Levinas – de Evaldo A. Kuiava
A obra do professor Evaldo Kuiava é fruto do desenvolvimento consistente do pensamento da alteridade no Brasil, bem como das necessárias críticas aos paradigmas de pensamento da modernidade. Neste caso, de um lado, a força da obra crítica de Levinas, como um dos auges do pensamento filosófico mundial; de outro, a importância ética e teórica de um Kant, mas onde se demonstram mais uma vez as grandes insuficiências do pensamento tradicional diante da contemporaneidade. Um embate de fundamentações as mais caras para o saber ocidental, ao que o professor Evaldo faz passar pelos novos crivos éticos e pelas demandas do tempo, já com paradigmas filosóficos não mais idealistas ou apenas especulativos-transcendentais (metafísicos).

 

 

Ciência na Escola: Práticas de Bioinformática para o ensino médio – organizado por Julia Dani, Scheila de Avila e Silva e Tarcisio Coutinho
A bioinformática é uma área interdisciplinar que vem crescendo ao longo dos últimos anos devido, especialmente, ao grande volume de dados biológicos gerados por diversos projetos de pesquisa voltados para o sequenciamento de moléculas dos mais diversos organismos. Essa área tem sido bastante difundida em cursos de Graduação e Pós-Graduação por todo o país, assim como várias empresas, tanto públicas quanto privadas, desenvolvem e/ou utilizam ferramentas de Bioinformática em suas atividades. No Brasil, no entanto, uma área tão importante quanto essa ainda está muito distante da sala de aula da Educação Básica, dificultando, dessa forma, a descoberta precoce de pesquisadores que desde cedo já alimentam sua curiosidade sobre temas tanto de áreas voltadas para as exatas como para as biológicas. Nesse contexto, acreditamos que é preciso minimizar essa distância, incentivando a execução de atividades práticas/ lúdicas que utilizem ferramentas de Bioinformática na Educação Básica, o que contribuirá, significativamente, para a formação dos discentes. Por isso apresentamos o livro Ciência na Escola: Práticas de Bioinformática para o Ensino Médio, no qual vários pesquisadores de diversas áreas e partes do país dedicaram, de forma gratuita, seu tempo e conhecimento para propor atividades que utilizam ferramentas de Bioinformática aplicáveis ao Ensino Médio. As atividades aqui propostas permitem que docentes utilizem a Bioinformática para explorar diversas áreas da biologia sob uma perspectiva investigativa, colocando o discente como centro do processo de ensino e aprendizagem.

 

Altas Habilidades/ Superdotação: precisamos falar sobre isso! – organizado por Liana Ferreira da Rosa Fernandes Vianna e Maria de Fátima Fagherazzi Pizzoli
O livro é um dos produtos do Projeto de Extensão Altas Habilidades e Superdotação (AH/SD): precisamos falar sobre isso!”, e traz uma coletânea de bate-papos online que ocorreram em tempo de pandemia do COVID-19, quando as medidas de precaução exigiram que o projeto fosse realizado de forma remota. A obra reúne informações com o objetivo principal de auxiliar as pessoas identificadas com altas habilidades e superdotação, e também familiares, professores e escolas, a compreender o assunto. Esperamos que a leitura dos textos possa contribuir para que os leitores se sintam acolhidos nas suas necessidades. Nosso intuito é que as pessoas superdotadas, e também as pessoas envolvidas e interessadas no assunto, encontrem aqui informações para inicialmente ajudar a esclarecer e desmistificar a superdotação, incentivando o trabalho coletivo, sinalizando possibilidades de ações, contribuindo para tornar a sua vida mais leve e feliz ao perceberem que não estão sozinhas. Embora não se trate de uma obra com objetivo prioritariamente acadêmico, acreditamos que possa contribuir para as ações e discussões de ensino e também para despertar iniciativas de pesquisa.

 

Feito à mão: percursos, narrativas e memórias de pesquisadoras(es) – organizado por Elisângela Cândido da Silva Dewes, Fernanda Rodrigues Zanatta, Manuela Damiani Poletti, Maria de Fátima Fagherazzi Pizzoli, Michele Marques Baptista, Roberto Oliveira Batista Júnior, Rudson Adriano Rossato da Luz e Sabrina Arsego Miotto
“O caminho se faz ao caminhar?”. Essa célebre frase do poeta espanhol Antonio Machado sintetiza esta coletânea de textos. Vale dizer que não se trata de apenas um caminho, mas sim de 17 diferentes “caminhos” e diferentes “caminhantes”. O destino. O conhecer. O pesquisar. O investigar. O descobrir e o descobrir-se. Esta obra reúne escritas de 17 estudantes do doutorado do Programa de Pós Graduação em Educação da Universidade de Caxias do Sul (PGEdu-UCS) incentivados (ou desafiados?) pela professora Dra. Flávia Brocchetto Ramos a pensar sobre as nossas trajetórias como pesquisadores, fazendo emergir da memória, e colocando em palavras o que os (trans)formou, forjou, (des)encantou e (des)acomodou nos diferentes caminhos percorridos para a sua formação até chegar ao doutorado.

 

(R)existir: diálogos sobre gêneros e sexualidades – organizado por Maria de Fátima Fagherazzi Pizzoli, Mariana Scussel Zanatta e Rafael Vebber
Apresentamos esta obra com um misto de alegria, indignação e esperança. Alegria, porque resulta de uma série de diálogos que iniciaram em um tempo de pandemia, no projeto de extensão Origens, Histórias e Trajetórias LGBTQIA+ (do IFRS – Campus Caxias do Sul). O projeto se propõe a discutir, esclarecer e contribuir para visibilizar quem existe (e resiste) nas diferenças de gêneros e sexualidades, um trabalho feito a várias mãos – estudantes, docentes, profissionais, militantes, artistas…, gente que se dispôs a dialogar para, na e pela diferença. Indignação, porque ainda precisamos de projetos e diálogos como os que aqui construímos, porque ser diferente, para muitas e muitos, ainda significa sofrimento, ameaça, abjeção, invisibilidade. Esperança, sim, de que nossos diálogos resultem em ações melhores e mais justas. Como nos ensina Paulo Freire, o diálogo, como encontro de pessoas para ser mais, “não pode fazer-se na desesperança”, não existe sem esperança. “Não é, porém, a esperança um cruzar de braços e esperar. Movo-me na esperança enquanto luto e, se luto com esperança, espero”. Diálogos autênticos, entregas bonitas e verdadeiras que nos levaram a acreditar que poderiam se transformar em escritas, para chegar a mais pessoas. Não se trata de uma obra acadêmica em sua origem, mas acreditamos, ou melhor, “esperançamos”, que possa suscitar iniciativas para ações de ensino, pesquisa e extensão.

 

Diálogos Sobre Ética Ambiental – organizado por Alexandre Cortez Fernandes, João Ignacio Pires Lucas e Lucas M. Dalsotto
Diante da magnitude dos riscos e dos desafios lançados pelos tempos que correm, violentamente assolados pelo recrudescimento autoritário, pela emergência climática e por um processo de esgotamento do mundo, os esforços de pensamento crítico são revestidos de fôlego e urgência. Não obstante os ouvidos moucos e as ilusões de ruína, emerge como verdadeiramente necessário o engajamento, em termos benjaminianos, na construção de uma crítica rigorosa do conceito dogmático de progresso – que, hoje, toma as feições de legítimo descalabro rumo ao abismo. Benjamin (1994, p. 229) assim se expressa em sua tese nº 13 de Sobre o Conceito de História: “a ideia de um progresso da humanidade na história é inseparável da ideia de seu andamento no interior de um tempo vazio e homogêneo. A crítica da ideia desse andamento deve estar na base da crítica da ideia do progresso em geral”. A crítica tem por objeto o progresso, porque ele (e o desenvolvimento e o produtivismo, corolários dele inseparáveis) é, de uma só vez, legítima “camisa de força” moderna a sufocar o pensamento de alternativas e possibilidades e o destino inflexível de marcha única para toda a humanidade: mistificação e cegueira.

 

Regimes de Verdade em Michel Foucault – de Joelmar Fernando Cordeiro de Souza
O livro a seguir é resultado de uma pesquisa de dissertação de Mestrado apresentada como requisito final à obtenção de grau de mestre em Filosofia no Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade de Brasília (UnB), sob a orientação do Prof. Dr. Erick Calheiros Lima. Trata-se, sobretudo, de uma apresentação teórica em que pretendemos situar a aparição e a gênese do conceito de regimes de verdade na obra de Michel Foucault como particularmente imprescindíveis à efetiva compreensão e delimitação da problematização do saber e da verdade em sua trajetória intelectual e filosófica. Nesse sentido, o presente estudo teve por objetivo analisar as particularidades da questão da verdade e dos regimes de verdade em Michel Foucault mediante um resgate da teoria desenvolvida entre 1970 e 1975, período da transformação teórica da arqueologia-genealogia, ordenada pela influência do filósofo alemão Friedrich Wilhelm Nietzsche (1844-1900) no método de trabalho e na análise histórica de Foucault. Contudo, antes de chegarmos ao surgimento do conceito de regimes de verdade na obra foucaultiana, optamos por realizar uma breve recapitulação da questão da verdade e da ordem do discurso bem como uma contextualização teórica de outros conceitos fundamentais para uma introdução do tema.

 

Compreender e Agir: algumas pistas para o discipulado e a missão do cristão no mundo – de Paulo Cesar Nodari
A vida é dom de Deus. Ninguém escolhe família, lugar, época, cidade, país, circunstâncias de nascimento. Nós somos trazidos à existência. Com o nascimento, ainda que em continuidade ao processo de gestação, inicia-se, por assim dizer, uma etapa nova da vida. Etapa essa que exige a colaboração de muitas pessoas. Nós, aos poucos, crescemos e tornamo-nos adultos. A vida humana, por isso, desde a sua concepção, é envolta de sublime participação de muitas e tantas pessoas. A vida exige muita participação e colaboração. A vida é relação. Trata-se de um “nó de relações”. Ela é tecida de uma teia de relações do seu início ao seu fim. Ou seja, com e no passar dos anos, a vida de cada um de nós vai se articulando de muitas e variadas formas e com a participação de muitas pessoas, seja direta ou indiretamente. A vida não nasce pronta. Ela precisa ser construída. É tarefa inadiável de cada um projetar e dar prosseguimento à sua vida. É projeto aberto e inacabado. É processo de responsabilidade pessoal e de comunhão com tantos coparticipantes da jornada existencial. É caminho a ser assumido pessoalmente, ainda que intermediado pela participação de tantas e tantas pessoas. Cada um precisa lançar-se à busca de seus objetivos e de sua realização na vida, pois ninguém tem garantido, de antemão, com toda segurança, seu caminho e sua realização pessoal. E, segundo nossa compreensão, esta busca de realização e de felicidade torna-se mais completa e plena no caminho da comunhão com nossos irmãos e irmãs (Fratelli Tutti) e no horizonte do olhar esperançoso de um caminhar com Deus e rumar, contínua e progressivamente, para o encontro com Deus. Confiemos, como nos convida Santo Agostinho, n’Ele, pois o Senhor está mais próximo de nós, do que nós de nós mesmos: “interior intimo meo et superior summo meo” (Confissões, III, 6, 11).

 

Montanhas Azuis – de Oscar Bertholdo
As Montanhas Azuis transformam-se no autorretrato do poeta. A metáfora das montanhas indica com serenidade a invisível presença da morte. Oscar Bertholdo faz de sua poesia um diálogo, questionando o sentido do tempo, a necessidade de solidão, a presença de Deus, a condição humana, sempre com longos versos, numa fortíssima tentativa de alcançar com palavras o sentido da vida. O telúrico é apenas pretexto. O verdadeiro contexto é a esperança que perpassa toda a obra do poeta. Sua angústia nada tem de desesperador. Diante do inexorável para o qual toda a vida humana se dirige, diz: “morte em que hei de adormecer / a semente enamorada de dádivas”. A poesia de Oscar Bertholdo, escrita em estado de confissão, não tem truques, impõe-se por sua complexa simplicidade. É um parreiral florido, ainda não podado. A forma poética progride em ciclos, como a natureza. Nesse momento, com o nevoeiro escondendo os vales, ela aponta para as montanhas. Realmente, é uma poesia de raízes locais, mas também universais. (Jayme Paviani). * Lançamento póstumo de poesias inéditas de Oscar Bertholdo.

 

 

Meu pet é uma ave – de Camila da Silva Machado Andreazza, Cleiton Benetti, André Felipe Streck e Fabiane Prusch
A crescente popularidade das aves como pets trouxe consigo uma necessidade imperativa de conhecimento detalhado e especializado sobre seu cuidado e manejo. Com tantas nuances a serem consideradas – desde a biologia e o comportamento desses animais até os desafios legais e éticos de sua posse –, há uma demanda por informações confiáveis e abrangentes. É nesse contexto que apresentamos esta obra: um guia projetado para informar, educar e inspirar os amantes de aves. Nossa obra explora as práticas recomendadas para otimizar o bem-estar das aves Psittaciformes e Passeriformes e seu convívio harmônico com os tutores. Com insights sobre alimentação, reconhecimento de sinais clínicos e protocolos de primeiros socorros, este livro se consolida como uma leitura obrigatória para todos os entusiastas de aves pets. Prepare-se para uma jornada de aprendizado e descobertas.