Estudantes da UCS que realizaram intercâmbio enfatizam a importância da troca de experiências internacionais

Assessoria de Comunicação da Universidade de Caxias do Sul - 04/01/2023 | Editado em 04/01/2023

Plano Institucional de Internacionalização da Universidade de Caxias do Sul visa ao fortalecimento local a partir de referenciais globais

Medica Veterinária formada pela UCS, Olivia Boone Ferrari realizou estágio curricular na Guatemala, no zoológico La Aurora.

Conectada ao mundo, a Universidade de Caxias do Sul tem mais de duas décadas de atuação no âmbito da mobilidade internacional e acumula histórias decorrentes dos relacionamentos interinstitucionais e do intercâmbio de estudantes, professores, pesquisadores e gestores. A atividade na área, com enfoque original na graduação, foi se desenvolvendo à medida que a Pós-Graduação na UCS evoluía em número de programas ofertados e conceitos. As demandas de mobilidade acadêmica passaram a surgir cada vez mais e a se tornarem mais consistentes.

Hoje, a UCS encara a internacionalização como um processo indutor do desenvolvimento baseado em conhecimento, ou seja, um meio de fortalecimento local a partir de referenciais globais, visando às diferenças culturais. Esse modelo, inclusive, ampliou a sinergia entre o local e o global nas diferentes dimensões do conhecimento: sociocultural, econômica e tecnológica. É por isso que a instituição de ensino entende a internacionalização como um ciclo de retorno dos aprendizados, apresentando resultados da região para o Brasil e para o mundo.

Essa visão vai ao encontro do Plano Institucional de Internacionalização da Universidade de Caxias do Sul, implementado em 2018. O vice-reitor da UCS, professor Asdrubal Falavigna, pontua que a política de internacionalização deve focar para além da mobilidade acadêmica, conforme afirmou no último Encontro dos Professores com a Reitoria. Ele, que tem orientado as ações institucionais na área, acrescentou que a prática impacta diretamente no âmbito local, especialmente quando considerado o potencial de crescimento regional baseado em conhecimento. “Internacionalização não é apenas para cada um de nós, é para todos nós juntos, é para toda a comunidade”, salientou.

Graduação: estágio curricular no exterior

Vivências incluiram o acompanhamento de manejo de leão africano, onça pintada melânica e urso pardo; na medicina preventiva, teve contato com animais como chimpanzés, uma elefanta asiática e leões marinhos.

Com o objetivo de fortalecer o currículo, a hoje egressa de Medicina Veterinária da Universidade de Caxias do Sul Olivia Boone Ferrari realizou um estágio internacional de março a junho de 2022. O destino escolhido foi o zoológico La Aurora, na Guatemala, que integra a Associação Latino-Americana de Parques Zoológicos e Aquários (ALPZA), organização regional mais importante que inclui as instituições zoológicas mais prestigiadas e influentes da América Latina, conforme dimensionou.

O caminho trilhado para chegar ao estágio curricular no exterior envolveu dedicação, já que ao longo dos cinco anos e meio de graduação a estudante acumulou diversos estágios extracurriculares durante o período letivo e até nas férias, no Rio Grande do Sul e em outros estados do país.

Da vivência no zoo La Aurora, Olivia destaca o manejo, a rotina, a troca de experiências profissionais e a visão de futuro que a equipe proporciona ao público, com foco na biodiversidade, no bem-estar animal e na educação ambiental. “A principal diferença é em relação ao zoológico moderno, eles não trabalham com grade, com a visão de ter os animais ainda como entretenimento para o público”, explica.

Junto da bagagem Olivia trouxe muita experiência: como estagiária, acompanhou o manejo de leão africano, onça pintada melânica e urso pardo. Teve, ainda, a oportunidade de explorar a medicina preventiva a partir do trabalho com o condicionamento de animais como chimpanzés, uma elefanta asiática e leões marinhos. “Foram manejos com animais que, no Brasil, eu acredito que não conseguiria acompanhar durante meu estágio curricular. Essas experiências não há como comparar, como mensurar, foram incríveis”, conta com animação.

Para ela, o principal motivo de manter um animal em um zoológico deve ser o bem-estar animal. “São essas experiências que trazem bagagem e argumentos do porquê os zoológicos do Brasil têm que mudar e se modernizar”, conclui.

Doutoranda da UCS participa de curso na Coreia do Sul

Doutoranda do PPG em Direito, Natacha Souza John participou de curso na Coreia do Sul.

Em 2022, a doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade de Caxias do Sul Natacha Souza John foi selecionada para um curso na Coreia do Sul, pela Yeosu Academy of the Law of the Sea. A instituição oferece educação e treinamento em direito oceânico e assuntos marítimos para líderes emergentes de nações em desenvolvimento, com foco em um melhor enfrentamento dos desafios marítimos.

Entre os meses de outubro e novembro de 2022, o projeto ofereceu um programa de duas semanas para funcionários do governo, pesquisadores e outros profissionais em política oceânica, bem como professores ou estudantes de pós-graduação com interesse na área. Antenada, Natacha, que sempre buscou editais que proporcionam intercâmbio internacional, pôde acrescentar mais essa vivência ao currículo, que já contava com experiências de estudos na Universidade de Sevilha, na Universidade de Coimbra e na Universidade de Pádova – por meio de disciplina eletiva que a UCS proporcionou.

Aprendizado sobre Direito do Mar e networking no contato com colegas de variados locais do mundo, como Laos, Camboja e Nigéria.

Com todos os custos cobertos para a ida à Coreia do Sul, a doutoranda descreve uma infraestrutura importantíssima e uma troca fantástica, que tornaram a experiência muito positiva e de networking. “Eu tive contato com pessoas dos mais variados lugares, como Laos, Camboja e Nigéria. Da América, participamos eu e mais uma pessoa”, conta.

Apesar de sua tese ter abordado serviços ecossistêmicos e zoneamento, a temática Direito do Mar estava entre os interesses de Natacha desde a metade do doutorado. “Foi a primeira vez em que estive na Ásia, é outra cultura. É totalmente diferente ver a percepção deles em relação a um tema que a gente está estudando. É muito legal e é muito importante”, considera.

Fotos: Arquivo Pessoal